Coordenado pela professora Jacqueline de Souza, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, o projeto “Saúde Mental: Lazer, Arte e Cultura na Fundação Casa” busca promover a saúde mental através do desenvolvimento de habilidades de vida e manejo emocional, facilitando a convivência e reintegração social dos participantes.

Liderado pelo Grupo de Estudos de Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental (GEEPSM) da USP, o projeto transforma os domingos na Fundação Casa em momentos de aprendizado e expressão artística. Desde seu início em dezembro de 2023, atende adolescentes de 12 a 18 anos, muitos em situação de vulnerabilidade social, oferecendo oficinas que exploram subjetividade, identidade cultural e saúde mental com abordagens práticas e interativas.

Novas Perspectivas e Atividades

As atividades incluem workshops que abordam temas como resiliência, através de circuitos gamificados, e sonoridade, onde os adolescentes aprendem a criar músicas e explorar instrumentos. Outras atividades destacadas são o workshop dos cinco sentidos, rodas de capoeira, dinâmicas de saúde mental e planos de vida, todos projetados para promover o autoconhecimento e a expressão emocional.

No encontro mais recente, em 1º de dezembro, cinco grupos trabalharam a expressão de sentimentos e comunicação não violenta, incluindo um workshop de grafite que uniu arte e reflexão.

O projeto já impactou mais de 100 adolescentes, proporcionando momentos de lazer e aprendizado em um ambiente desafiador. Os resultados incluem a redução de conflitos e promoção do bem-estar emocional.

Desafios e Colaborações

Com recursos limitados, o grupo utiliza materiais simples e busca externa para viabilizar oficinas de capoeira e grafite. Parcerias com artistas locais e a criatividade dos integrantes são essenciais para superar desafios logísticos e financeiros.

O impacto do projeto é evidente na avaliação dos adolescentes, que se sentem valorizados e encorajados a considerar novas perspectivas para suas vidas. Durante uma semana, as atividades realizadas no domingo pela equipe da USP são um dos principais assuntos entre os internos. O contato com diferentes formas de expressão e culturas amplia o universo dos participantes, mostrando que existem possibilidades além do ambiente em que estão inseridos.

Fonte: Jornal USP