Ribeirão Preto e Franca enfrentaram um aumento alarmante nos casos de dengue, com a previsão de um cenário ainda mais grave para 2025. Até o dia 10 de dezembro de 2024, as duas cidades registraram um total de 41 óbitos relacionados à doença, com a população entre 20 e 39 anos sendo a mais afetada, segundo dados da Secretaria de Saúde.

Os infectologistas apontam que o aquecimento global pode ser um dos principais fatores que destacam para a atenção do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Com o aumento das temperaturas, a reprodução do mosquito se torna mais eficiente, resultando em um número crescente de casos. Em 2024, Ribeirão Preto contabilizou 43.444 ocorrências e 21 mortes, enquanto Franca registrou 9.524 casos confirmados e 20 mortes.

Além disso, os especialistas alertam para a possibilidade de circulação de um novo sorotipo da dengue, o tipo 3, que é considerado mais grave e pode aumentar o risco de formas hemorrágicas da doença. Essa mudança no panorama epidemiológico é preocupante, pois a população já apresenta uma certa imunidade a outros sorotipos, o que pode agravar a situação.

Os sintomas da dengue também estão se tornando mais variados e prolongados. Casos de miocardite e hepatite, que antes eram considerados raros, estão se tornando mais comuns entre os pacientes. O tratamento continua a exigir hidratação e segurança, mas o acompanhamento médico é essencial para evitar complicações.

Diante desse cenário, é fundamental que a população esteja atenta aos sintomas da dengue e busque atendimento médico ao primeiro sinal da doença. A prevenção, através do controle do mosquito e da vacinação, é a chave para evitar um surto ainda maior em 2025.